quarta-feira, 17 de abril de 2013

Caracteríticas do córtex cerebral humano esquerdo e direito

O hemisfério dominante em 98% dos humanos é o hemisfério esquerdo, é responsável pelo pensamento lógico e competência comunicativa. Enquanto o hemisfério direito, é responsável pelo pensamento simbólico e criatividade, embora pesquisas recentes estejam contradizendo isso, comprovando que existem partes do hemisfério esquerdo destinados a criatividade e vice-versa.

Nos canhotos as funções estão invertidas. O hemisfério esquerdo diz-se dominante, pois nele localiza-se 2 áreas especializadas: a Área de Broca (B), o córtex responsável pela motricidade da fala, e a Área de Wernicke (W), o córtex responsável pela compreensão verbal.

O córtex motor é responsável pelo controle e coordenação da motricidade voluntária. Traumas nesta área causam fraqueza muscular ou até mesmo paralisia. O córtex motor do hemisfério esquerdo controla o lado direito do corpo, e o córtex motor do hemisférios direito controla o lado esquerdo do corpo. Cada córtex motor contém um mapa da superfície do corpo: perto da orelha, está a zona que controla os músculos da garganta e da língua, segue-se depois a zona dos dedos, mão e braço; a zona do tronco fica ao alto e as pernas e pés vêm depois, na linha média do hemisfério.

Vantagens que a estrutura em rede do SNC oferece aos mamíferos

Nos vertebrados inferiores, de peixes até aves, os hemisférios cerebrais têm superfície lisa. Por isso, tais animais são considerados lissencéfalos (encéfalo liso). Já nos mamíferos, surgem os sulcos e as circunvoluções, dando ao cérebro uma superfície cheia de ondulações. Por essa razão, os mamíferos são denominados girencéfalos (encéfalo com giros ou curvas).

Essa transformação trouxe uma grande vantagem para os mamíferos: com o mesmo volume, um cérebro com circunvoluções tem sua superfície consideravelmente maior do que se estivesse com hemisférios lisos. Como é na superfície do cérebro (córtex cerebral, com massa cinzenta) que ficam os corpos dos neurônios, quanto mais sulcos e circunvoluções tiver o cérebro, mais extenso será o seu córtex, com maior número de neurônios e, portanto, mais eficiente e aperfeiçoado.

Por esta razão, os mamíferos desenvolveram um comportamento complexo, que pode ser percebido em atitudes como as estratégias de caça, o cuidado com os filhotes, a adaptação a qualquer ambiente e os diferentes sistemas de comunicação estabelecidos entre os indivíduos da mesma espécie.

Axônios mielinizados

A maioria dos axônios dos neurônios motores é mielinizada, ou seja, são recobertos por uma bainha de mielina, que é uma substância “gordurosa” que isola a membrana celular do neurônio. No sistema nervoso periférico, essa bainha de mielina é formada por células especializadas denominadas células Schwann.

Esta bainha não é contínua, ou seja, não envolve toda a membrana do axônio; estes espaços são conhecidos como nódulos de Ranvier 
(ou estrangulamentos). Quando este impulso nervoso, potencial de ação, percorre o axônio, o potencial salta de um nódulo para outro; este processo é conhecido como condução saltatória. Tal fenômeno faz com que o impulso nervoso seja conduzido muito mais rapidamente que em axônios não mielinizados.

Tipos de Neurônios

Neurônio é a célula nervosa que, juntamente com as células da neuróglia, forma o tecido nervoso. Responsável pela condução do impulso nervoso, possui a capacidade de responder aos estímulos do meio, como a luz e o calor, por exemplo; através de alterações da diferença de potencial elétrico existente entre as superfícies interna e externa de sua membrana plasmática, se propagando ao longo da célula e de seus prolongamentos.

O neurônio é considerado a unidade básica da estrutura tanto do cérebro quanto do sistema nervoso. É formado por um corpo celular denominado pericário, de onde partem os prolongamentos e que acomoda o núcleo do neurônio; dendritos, prolongamentos numerosos responsáveis por receber os estímulos do ambiente, células epiteliais sensoriais e outros neurônios; e axônio, um prolongamento único condutor dos impulsos nervosos à outras células, como as musculares, glandulares ou mesmo outros neurônios.

Os neurônios podem ser classificados segundo sua função:

Neurônios motores
Efetuam uma ação, enviam mensagem para execução (vísceras, músculos, glândulas). Sai do sistema nervoso central em direção ao periférico. Exemplo: neurônio multipolar.

Neurônios sensoriais
Captam a mensagem do meio externo, interno e de células sensoriais e manda para o sistema nervoso central. Exemplo: neurônio bipolar e pseudounipolar.

Neurônios interneurônios
Estabelecem conexões entre outros neurônios, formando circuitos complexos.

Rendimento do Cérebro

Todos os dias, a cada hora a cada ano, o homem está evoluindo em direção a um nível posterior. Enquanto houver vida na Terra, a evolução estará presente. O nosso cérebro é hoje o resultado de milhões e milhões de anos de elaboração e, por incrível que pareça, sabemos de tudo isso. Sabemos o que é evolução, quando tivemos origem, como chegamos até aqui e o quanto de glicose o nosso cérebro gasta para pensar. Muitos cientistas dizem que o miolo humano é ineficiente, por exemplo - e principalmente - na retenção de informações. Mas será que não estamos expostos a informação demais? A vida moderna não exige demais do nosso cérebro? Será que não está havendo uma confusão em relação ao que é inteligência e o que é memória? A humanidade e a evolução acumularam conhecimento demais para o homem contemporâneo e o cérebro do homem moderno, inserido na sociedade capitalista é demasiadamente exigido. Junta se a isso a confusão do que é inteligência e do que é memória: como exemplo temos os vestibulares atuais, principalmente nas universidades públicas. Basta refletirmos que, há pouco mais de 30000 anos (valor insignificante quando comparado aos milhões de anos da evolução) o nosso pensamento se restringia à sobreviver e a perpetuar a espécie (o bisão da semana, o acasalamento, etc). Tomemos nota de que o cérebro do Cro-magnon, por exemplo, era do mesmo tamanho que o nosso! Algo aconteceu...                                                          

O Desenvolvimento Intra-uterino

Quando uma criança nasce tem já 9 meses de desenvolvimento. Desde a sua concepção e ao longo dos 9 meses que antecedem o nascimento uma criança desenvolve-se mais rapidamente do que em qualquer outra fase da sua vida. O desenvolvimento intra-uterino ocorre em três períodos distintos:

O Zigoto
O zigoto ocorre logo após a fecundação e por volta das duas semanas de existência fixa-se na parede do útero, recebendo a partir daí a alimentação e oxigênio  Nesta altura em que o Zigoto se agarra à parede do útero inicia-se a diferenciação em três partes: A Ectoderme dará origem ao cérebro; A mesoderme dará origem ao coração; Endoderme dará origem ao fígado.

O Embrião
Este período ocorre a partir das duas semanas da fecundação e durará cerca de oito semanas. Para além de aumentar o seu peso em vinte mil vezes, o pequeno organismo irá ter um enorme desenvolvimento: O coração começa a bater; Os órgãos sexuais definem-se; Os pés e as mãos não só se definem como se podem flectir; formam-se todos os órgãos internos. No final desta fase de desenvolvimento, o organismo é claramente identificável como um Ser Humano.

O Feto
Esta fase ocorre a partir das oito semanas até ao nascimento e regista um ritmo de crescimento inferior ao do Zigoto ou do Embrião, mas mesmo assim assinalável. O feto é claramente um organismo com um comportamento que pode ser estudado. Tem já a capacidade de respirar ou entoar leves vocalizações como um choro e tem sensibilidade em quase todo o corpo. Todas as pessoas que passaram por gravidezes já presenciaram que aproximadamente após o quarto mês vão sendo cada vez mais frequentes os movimentos espontâneos do feto.

Qualquer destas fases não ocorre de forma tipificada, pelo que os prazos referidos são indicativos. O desenvolvimento destas fases, desde a concepção ao nascimento, ocorre segundo ritmos pessoais e designa-se por desenvolvimento pré-natal.